Não é o desejo e nem o prazer de nenhum cidadão, eleger alguem para exercer um cargo eletivo e depois vê-lo encerrado detrás das grades prisionais por culpa de corrupção. Isso só acontece por causa da prevaricação das instituições que deveriam cumprir seu papel de fiscalização e controle e não o fazem a tempo.
Ruy Barbosa já dizia: " Justiça tardia, não é justiça; senão injustiça manifesta e qualificada".
A sociedade brasileira paga caro para manter a estrutura necessária aos Tribunais de Justiça e de Contas; às Controladorias; aos Ministérios Públicos Federal e Estadual; e aos Poderes Legislativos, não só para punir quando a corrupção acontece, mas não deixar acontecer e nem se estabelecer. Por mais que seja correta e necessária, a punição não repara os prejuizos e males sofridos pela população no período em que os recursos foram mal aplicados ou desviados.
O grande problema é que em muitos casos o representante fica maior que a instituição, transformando-os em verdadeiro Solimão, o Magnífico (1520-66) que pôde afirmar legitimamente: "Sou o sultão dos sultões, o soberano dos soberanos, o distribuidor de coroas aos monarcas do globo, a sombra de Deus na Terra". E generaliza-se tanto para os representantes das instituições como daqueles que são eleitos.
O que interessa e faz bem a sociedade são ações preventivas, coibidoras, de controle e de fiscalização de verdade! Não se pode agir como o pai permissivo que deseja impor regras ao filho quando já é adulto.
Recentemente, li nas redes sociais uma manifestação de uma revista francesa que dizia: - " no Brasil a corrupção é endêmica, de governo ao povo".
Cadê as Camaras de Vereadores? os Tribunais de Contas do Estado? Os Ministérios Públicos? O Judiciário?
A sociedade quer que essas instituições não deixem roubar e punam quem roubar.