sexta-feira, abril 10, 2020

PARA ONDE FOI O DINHEIRO DO PEIXE?

Desde o ano de 1967, o prefeito Manoel Cardoso Souza (in memorian), iniciou uma ação de distribuir peixes para as familias carentes na sexta-feira da paixão. Primeiro distribuía na prefeitura, em fila, depois de porta em porta.
Essa prática veio seguida pelos sucessores, inclusive a atual gestão até o ano passado,
A espera de receber esse peixe faz parte não só da tradição religiosa, mas sobretudo, ser para muitas familias a única porção de alimento para esse dia, ou de muitos dias.
Num momento tão difícil para a humanidade, acuada de um lado pela pandemia e a falta de pão do outro, podemos imaginar pessoas, humanas como nós, perecendo pela fome e muito mais pelo descaso de tiranos governantes.
É o caso de Capela. 
Com a máquina funcionando pela metade de sua capacidade, devido ao isolamento social, fica claro para todos que sobram recursos, e esses devem ser aplicados para amenizar o sofrimento de quem mais precisa, começando pelo combate a fome.
O que justifica a não entrega do peixe? Para a população, para que serve a aprovação do decreto de calamidade pública? Não é essa mesma população acometida pela calamidade  a ser favorecida pelo tal decreto?
Suspender a entrega de peixe não é o que vai equilibrar ou desequilibrar as finanças da Prefeitura. É uma atitude fria, desumana, perversa e cruel.
Como se sente uma governante que nesse momento está em sua mesa regada de pescados de toda espécie, vinhos e chocolates, enquanto os seus governados anseiam um bocado de farinha?

Um comentário:

  1. A prefeita utilizou ou não utilizou os recursos e a alimentação escolar para distribuir com os pais dos alunos matriculados na rede pública municipal?
    Se o fez, por que não distribuiu o peixe?
    E se não o fez, por que deixou de fazer?

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