quinta-feira, novembro 06, 2025

POEMA DOS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO CAPELA

POEMA — “A banda não toca assim”

Em Capela ecoa o grito,

de quem sonhou, lutou, venceu.

Mas o sonho foi ferido,

por quem o poder corrompeu.



Júnior Tourinho, prefeito, escute:

teu silêncio tem um preço cruel.

O concurso que foi encerrado em julho,

ainda grita justiça no papel.



São dezenas de trabalhadores,

mentes cansadas, corações em dor.

Esperavam servir à cidade,

mas colhem desprezo e desamor.



Tu encerraste o concurso calado,

sem sequer dar satisfação.

Como se a promessa pública,

fosse simples ilusão.



Pensaste, talvez, que o plano antigo

de Silvany se consumaria:

“Não chamaremos excedentes!” — diziam.

Mas o povo desperto reagiria.



Pois não é assim que a banda toca,

não é assim que o tempo cala.

A lei é maior que os caprichos,

e a justiça não se embala.



O adoecimento ronda as casas,

professores choram no travesseiro.

Queriam apenas seu direito,

trabalhar de modo inteiro.



Enquanto contratos temporários

tomam o lugar da verdade,

a cidade perde talento,

perde força, perde humanidade.



Mas a luta não silencia,

a esperança não se desfez.

Capela há de ver seus filhos

assumirem o que Deus lhes fez.



Aprovados não desistirão,

o direito é chama que arde.

Júnior e Silvany não são a lei —

são páginas que o povo há de virar, mais tarde.



E quando a justiça cantar,

nessa terra de luta e fé,

Capela vai aprender, enfim,

que o poder não pisa quem é de pé.



— ✊🏼 Os aprovados resistem. A lei é o som que conduz a banda.

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