POEMA — “A banda não toca assim”
Em Capela ecoa o grito,
de quem sonhou, lutou, venceu.
Mas o sonho foi ferido,
por quem o poder corrompeu.
Júnior Tourinho, prefeito, escute:
teu silêncio tem um preço cruel.
O concurso que foi encerrado em julho,
ainda grita justiça no papel.
São dezenas de trabalhadores,
mentes cansadas, corações em dor.
Esperavam servir à cidade,
mas colhem desprezo e desamor.
Tu encerraste o concurso calado,
sem sequer dar satisfação.
Como se a promessa pública,
fosse simples ilusão.
Pensaste, talvez, que o plano antigo
de Silvany se consumaria:
“Não chamaremos excedentes!” — diziam.
Mas o povo desperto reagiria.
Pois não é assim que a banda toca,
não é assim que o tempo cala.
A lei é maior que os caprichos,
e a justiça não se embala.
O adoecimento ronda as casas,
professores choram no travesseiro.
Queriam apenas seu direito,
trabalhar de modo inteiro.
Enquanto contratos temporários
tomam o lugar da verdade,
a cidade perde talento,
perde força, perde humanidade.
Mas a luta não silencia,
a esperança não se desfez.
Capela há de ver seus filhos
assumirem o que Deus lhes fez.
Aprovados não desistirão,
o direito é chama que arde.
Júnior e Silvany não são a lei —
são páginas que o povo há de virar, mais tarde.
E quando a justiça cantar,
nessa terra de luta e fé,
Capela vai aprender, enfim,
que o poder não pisa quem é de pé.
— ✊🏼 Os aprovados resistem. A lei é o som que conduz a banda.
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