A política é um jogo de articulações, alianças e, muitas vezes, reviravoltas inesperadas. Mas há um limite entre a estratégia e a traição? O caso do deputado estadual e líder do governo, Cristiano Cavalcante, levanta essa questão.
Nas eleições municipais passadas, no município de Carmópolis, Cristiano subiu no palanque da então prefeita Esmeralda, que, além de correligionária, é tia do governador Fábio Mitidieri. Parecia um apoio sólido e leal. No entanto, nos bastidores, na reta final da campanha, o deputado já estava disfarçadamente com um pé no outro barco, dando suporte ao adversário, Edi Leite, que saiu vitorioso das urnas.
A prova dessa movimentação veio se concretizar com a declaração de apoio do atual prefeito à reeleição do deputado. O jogo duplo ficou evidente.
Se essa moda pegar, o governador Fábio Mitidieri precisa botar as barbas de molho, pois a traição parece trafegar diariamente nos corredores do palácio. Em política, o adversário declarado preocupa, mas o aliado de conveniência é um perigo ainda maior.
Como bem disse Maquiavel: “Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.” Na política, esse patrimônio se chama poder. E quem troca de lado tão facilmente está sempre em busca de acumular mais.

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