No embalo da campanha São Pedro Premiado do comércio de Capela, que no ano passado arrecadou mais de 85 mil bilhetes e movimentou a economia local, o deputado estadual Cristiano Cavalcante — apelidado por alguns como o “Silvio Santos do Nordeste” — fez uma promessa barulhenta: “Ano que vem vai ter carro!” Disse enebriado pela empolgação, cercado de comerciantes animados e eleitores esperançosos. Mas, como já se tornou hábito na política de palanque, o carro ficou na promessa.
Em 2025, o que se vê é o mesmo de sempre: uma moto. Nada contra a moto — que ajuda muito quem ganha — mas é impossível ignorar o sentimento de frustração de comerciantes e clientes. Ninguém obrigou o deputado fazer a promessa, mas diz que é um homem de palavra; comerciantes e clientes puseram fé no que ouviram. A expectativa do sorteio de um carro ficou fristrada e permanece o sorteio da moto. A iniciativa merece elogios, pois incrementa o comércio local,;todavia a acabativa fugiu da promessa. A população, mais atenta, começa a perceber a distância entre o que se promete no microfone e o que se cumpre na prática.
A dúvida agora é: será que em 2026, ano eleitoral, o carro aparece? Ou a velha estratégia de iludir com promessas e encantar com palavras vai continuar acelerando no vácuo da boa-fé popular? Campanhas como essa devem ser instrumentos do Poder publico para incentivo real à economia loc al, não trampolins de marketing pessoal para quem vive de votos e promessas esquecidas. .
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